terça-feira, 25 de março de 2008

DIA 28 DE MARÇO = CARANDIRÚ




No último dia de exibição do mês de março vamos ter a oportunidade de assistir um belo filme.


Só esperamos que você também apareça e veja com a gente uma belíssima atuação de:


Luiz Carlos Vasconcelos
Milton Gonçalves
Ivan de Almeida
Ailton Graça
Maria Luísa Mendonça
Aída Leiner
Rodrigo Santoro
Gero Camilo
Lázaro Ramos
Caio Blat
Wagner Moura
Floriano Peixoto e um monte de feras.





Numa cela da Casa de Detenção de São Paulo, o popular Carandiru, dois detentos (Lula e Peixeira) se enfrentam num acerto de contas. O clima é tenso. Outro detento, Nego Preto, espécie de "juiz" para desavenças internas, soluciona o caso em tempo de dar "boas vindas" ao Médico, recém-chegado e disposto a realizar trabalho de prevenção à AIDS na penitenciária.





O Médico depara-se, no maior presídio da América Latina, com problemas gravíssimos: superlotação, instalações precárias, doenças como tuberculose, leptospirose, caquexia, além de pré-epidemia de Aids. Os encarcerados lamentam ainda a falta de assistência médica e jurídica no Carandiru.





O Carandiru, com seus mais de sete mil detentos, constitui-se em grande desafio para o Doutor recém-chegado. Mas bastam alguns meses de convivência para que ele perceba algo que o transformará: mesmo vivendo situações-limite, os internos não são figuras demoníacas. No convívio com os presos que visitam seu improvisado consultório, o Médico testemunha solidariedade, organização e, acima de tudo, grande disposição de viver.





Oncologista famoso, habituado à mais sofisticada tecnologia médica, o Doutor terá que praticar sua medicina à moda antiga, com estetoscópio, sensibilidade e muita conversa. O trabalho começa a apresentar resultados e o Médico ganha o respeito da coletividade. Com o respeito, vêm os segredos. As consultas vão além das doenças, pois os detentos começam a narrar histórias de vida. Os encontros na enfermaria transformam-se em "janelas" para o mundo do crime.





Flashbacks reconstroem estas narrativas. Zico e Deusdete, amigos inseparáveis na infância e pré-adolescência, conhecem destino trágico na cadeia (um, alucinado pelo consumo de crack, matará o outro). O traficante Majestade desfila, com ginga, seu poder pelo presídio, além de desfrutar do amor de suas duas mulheres, Dalva e Rosirene. O velho Chico, homem sábio, cultivado na solitária, adora balões e está prestes a ganhar a liberdade e reencontrar os 18 filhos.





O "juiz" Nego Preto, líder da massa carcerária, tem tanto problema para resolver, que o Médico diagnostica seu mal: stress. O matador Peixeira, com 39 condenações nas costas, passará por ruidosa conversão, tornando-se pastor evangélico. O surfista Ezequiel viverá, no cárcere, sua ascensão e queda. Os amigos Antonio Carlos e Claudiomiro, assaltantes de banco, se desentenderão por causa da ardilosa e perversa Dina.





O "filósofo" existencialista Sem Chance viverá romance de conto de fada com a divina Lady Di. O diretor do presídio, o Sr. Pires, pisa em ovos para administrar a cadeia. A narrativa do filme arma-se como um quebra-cabeça. Uma história encaixa-se na outra para formar painel realista da tragédia brasileira. Com o Médico, o espectador acompanha os movimentos cotidianos dos presos, até a eclosão -- em dois de outubro de 1992 -- do mais terrível abalo da história da Casa de Detenção de São Paulo (e do Brasil): o Massacre do Carandiru.

Então não se esqueça: sexta-feira, dia 28 de março, associação de moradores de Terra Vermelha às 19:00 horas.


BOM FILME...

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